2 de dezembro de 2009

Como eram os túneis que derrotaram os EUA no Vietnã?



Uma das "armas secretas" dos vietcongues, os túneis eram escavados com as mãos ou com ajuda de pás, atingindo até 20 metros de profundidade e 120 quilômetros de extensão. Enquanto tropas e helicópteros americanos ocupavam os céus e as florestas do Vietnã, durante a guerra de 1961 a 1975, os vietnamitas do norte e as forças comunistas valeram-se dessa estrutura primitiva, mas extremamente eficaz. Cada malha subterrânea podia abrigar milhares de pessoas, por períodos que podiam durar vários meses. O complexo mais famoso ficava no distrito de Cu Chi, a cerca de 70 quilômetros a sudeste de Saigon, a capital do Vietnã do Sul, e próximo de importantes bases militares americanas. Aliás, havia túneis que se estendiam até debaixo das bases inimigas, criando entre os americanos a lenda dos fantasmas vietcongues. Eles apareciam, de repente, disparavam rajadas de metralhadoras e... sumiam!



Guerra subterrânea
Com o inimigo bombando nas florestas, os vietcongues atacavam da lama

Comendo na surdina

A alimentação dos ocupantes era preparada em cozinhas equipadas com um sistema de "chaminés". Por meio delas, a fumaça criada com o cozimento de arroz e carne era desviada para centenas de metros de distância

Rasteira fatal

As imediações eram cheias de armadilhas. Umas eram feitas de explosivos acionados por arames. Outras eram buracos no chão, forrados de estacas sujas com fezes, para infeccionar os feridos

Ratos da lama

Soldados magros e baixos, a maioria de origem latino-americana, foram treinados pelo Exército dos EUA para explorar os esconderijos vietcongues. Originados em 1966, ficaram conhecidos como "ratazanas de túneis"

Enterrados vivos

Escondidos em pequenos redutos nas laterais dos túneis principais, guerrilheiros disparavam contra inimigos que se aventurassem pelas galerias. Muitos soldados americanos ficavam presos pelos corpos dos companheiros mortos

Ataque-surpresa

Os soldados americanos e sul-vietnamitas eram surpreendidos por guerrilheiros escondidos em alçapões camuflados no chão. Disparando fuzis AK-47 e lançando granadas, os vietcongues preferiam ferir a matar os inimigos, a fim de atrasar o deslocamento da tropa até o resgate dos feridos

Saída de emergência

Acessos escondidos dentro de córregos, no interior de casas ou em seus quintais uniam os túneis com a vida exterior. A população das aldeias fornecia alimentos e informações aos ocupantes, além de refugiar-se ocasionalmente neles

Ambulatório

Alguns túneis tinham hospitais de emergência, onde eram tratados não apenas guerrilheiros mas também a população das vizinhanças, num esforço para conquistar sua simpatia. O atendimento chegava a incluir a realização de partos

Cobras criadas

A disposição dos túneis formava um verdadeiro labirinto no subsolo. Passagens falsas levavam a becos sem saída, onde muitas vezes eram deixadas cobras venenosas para atacar intrusos

Sala de aula

Além de reuniões de guerrilheiros, algumas câmaras abrigavam a doutrinação ideológica dos moradores, fornecida por comissários políticos do governo do Vietnã do Norte

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